Especial sobre Cazuza “reabilita” Ney Matogrosso
O programa sobre Cazuza (1959-1990) exibido pela Globo nesta quinta-feira, dentro da série “Por Toda a Minha Vida”, fez justiça, finalmente, ao cantor Ney Matogrosso, vetado e suprimido do filme “Cazuza, O Tempo Não Para” (2004), uma produção da Globo Filmes, dirigida por Sandra Werneck e Walter Carvalho.
Ney aparece de várias formas no especial. Ele fala sobre o relacionamento amoroso de três meses que teve com Cazuza, dá um depoimento sobre a obra do músico (elege “O Tempo Não Para”, “Blues da Piedade” e “Brasil” como suas obras-primas) e faz parte da encenação de um episódio fundamental na trajetória do Barão Vermelho: a sua decisão de gravar a canção “Pro Dia Nascer Feliz”, que deu visibilidade, no início dos anos 80, à jovem banda de rock.
Apenas por isso, o especial sobre Cazuza já mereceria todos os elogios. Mas o programa, com direção de Gustavo Fernandez, roteiro de George Moura e Teresa Frota e colaboração de Fernanda Scalzo, vai além.
Com ótimos depoimentos, inclusive do colega de escola Pedro Bial, do parceiro Roberto Frejat e do pai João Araujo, que raramente fala sobre Cazuza, o programa apresenta histórias pouco conhecidas ou inéditas sobre a breve vida do músico.
Bial descreve o dia em que os dois, crianças, foram recebidos por Vinicius de Moraes na banheira de sua casa e convidados a beber um uísque. Com muita sinceridade, Frejat relata a briga que teve com Cazuza e como reagiu à decisão do cantor de deixar o Barão Vermelho: “Fiquei puto”, diz. João Araujo aparece numa encenação aos tapas com o filho adolescente e, em outro trecho, emociona-se ao falar do legado de Cazuza.
Lucinha Araujo, mãe de Cazuza e co-autora do livro “Só as Mães São Felizes”, que serviu de fonte para o filme “O Tempo Não Para”, também é ouvida no especial, mas seu papel na história parece ter sido redimensionado.
O especial apresenta os vários Cazuzas que a sua geração conheceu: o compositor genial, o boêmio inconveniente, o hedonista irresponsável, o rebelde indomável, o artista corajoso, o exagerado em tudo. Entende-se claramente, ao final do programa, porque ele faz tanta falta.
15 Replies to “Especial sobre Cazuza “reabilita” Ney Matogrosso”
Muito bem feito o programa.
Foi emocionante o programa, e o Ney foi muito franco e corajoso.
Não sabia também que Zeca Camargo já era repórter naquela época e revelou sobre a doença do Cazuza.
Deveriam fazer mais programas assim.
Enviaram -me um e-mail a respeito da vida de Cazuza que a princípio me chocou, mas de fato trata da realizade dele.
“O Cara” foi mimado, o acato exagerado de D. Lucinha às vontades e peripécias do filho, sorry, sorry, mas contribuiram sim, e a aprente distância da responsabilidade da figura paterna abdicaram “O cara” das responsabilidades inerentes a ele, que fica explícita inclusive no trato à vida social, pessoal e profissional. Cazuza não conhecia rédea Cazuza!
Ele “circulou” incólume dentre dois mundos, “quem traz drogas da Inglaterra p o Brasil como, segundo sua mãe, ele fez, infelizmente, inda que seja Cazuza, é um traficante, portanto, um fora da lei, um criminoso.
Uma pessoa que consegue um puta sucesso e , entretanto, considerava normal se isentar dos deveres para com a banda por causa de seus bacanais de sexo, álcool, drogas, drogas, drogas “e se sobrar tempo” rock in rool, inda que seja Cazuza, QUE DEUS O BENDIGA, mas era inconsequente e irresponsável, uma pessoa comum, presa em sua genialidade, gritando por socorro.
Não, o problema, creio eu, não é “como o e-mail da tal psicóloga” aponta, de que o Brasil venere ídolos errados, o problema é venerá-los pelos motivos errados e permitir que seus erros sejam alardiados com ecos de vitória.
Que se grife, CAZUZA na condição de artista foi ímpar e PONTO FINAL, quanto a isso NÃO CABE DISCUSSÃO DE JEITO NENHUM. Jogar pedra no talento dele por causa de problemas externos É BAIXO.
O saudemos e rememoremos por tal condição sim, fazendo dele um alerta para nossos jovens. Não acho que Cazuza se importe, de onde esteja, e deve estar bem, de ser analisado de maneira a evitar que muitos herdeiros de seu talento cometam falhas bobas porém tão fatais como as dele.
Senhores ocupantes do 4º PODER, membros da Imprensa, é um dever moral, ético e cívico remontar os textos de celebração à passagem terrena DE ÍDOLOS da dimensão de Cazuza. Quanto a ele, focando SIM em como seria diferente sua trajetória se conhecesse o “tal do limite”, se tivesse ouvido o conselho “dos bem intencionados” que o cercavam, pai, FREJAT (gente, tirar o Frejat do sério? O bicho devia estar PEGAAAANDO! Frejat era jovem, roqueiro, devia dar sua cheiradas, tragadas, sei lá, assim como o próprio Cazuza, pra um jovem, roqueiro, usuário de drogas tbm, DAR SENTADA NO COMPANHEIRO e BANCAR UM PARE AÍ… Santa Maria, mãe de Deus, CazuzA deve ter perdido o prumo meeeesmo!)e muita gente bacana que aparece nos filmes e que sabemos, ou temos a impressão, de que estavam ali presentes o tempo todo.
Celebrar Cazuza é ressaltar sim, às gerações vindouras, que até ídolo é normal, tem INFÂNCIA, ABORRECÊNCIA, JUVENTUDE, MATURIDADE e nas fases da vida, independente de qual, têm de pedir permissão pras coisas, tem de obedecer pai e mãe, tem de ouvir NÃAAAAAO, até os que cantam , precisam não apenas serem escutados e sentidos, MAS PRECISAM OUVIR, SENTIR, raciocinarem e RACIONALIZAREM, não precisam apenas serem intérpretes, mas devem dar o direito de serem interpretados e acolhidos pela verdade, mesmo que a verdade afronte o universo paralelo utópico no qual se vive, acreditando que sendo a voz dos problemas do mundo se resolve os pessoais e íntimos.
Viva Cazuza e o legado que ele deixou, pq O TEMPO NÃO PÁRA e no movimento contínuo da existência demos a ele o direito de se manter vivo no maior ato heróico que ele poderia ter… E teve… FAZER DE SEU INCONSCIENTE AUTO-FLAGELO razão para que outros evitem certos caminhos desvairados e não se percam.
E PARABÉNS FREJAT, que grande amigo, que companheiro, que leão vc tentou ser por ele e pra ele. Só um amigo diz “NÃO, por aí eu não vou e vc não vai me levar e volta pra cá que isso aí é furada!”
Que seus filhos, que os meus filhos tenham amanhã, cedo ou tarde, ao se exporem ao mundo, amigos como vc!
Como artista, um gênio. Como pessoa, péssimo exemplo… deplorável.
Sem duvida nenhuma um genio da musica brasileira, pena que se foi tão cedo.
Adorei também a matérial.
Um dos pontos que não foi mencionado foi o beijo gay que ocorreu timidamente, mas ocorreu entre Ney e Cazuza. Uma coisa tão simples como é na verdade. Passou e ninguém morreu por isso.
Diferente do programa feito com Renato Russo esse me pareceu mais honesto.
Sobre a crítica super pertinente de Flávia. A única coisa que me irrita é essa necessidade de querer fazer de programas de tv, cinema , música e artes em geral algo pedagógico.
Não precisa ser Pedagógico, tem que ser o que é. e pronto!
Educação se tem em casa, com a base familiar de morais e príncipios. Esse sim vai ser o filtro do que eu considero digno de ter atenção ou não.
achei o programa muinto bom para servir como alerta a essa juventude de hoje, sobre quem realmente foi cazuza um mal exempo para aquela geraçao que ate hoje a mae dele tenta se enganar achando que o fihlo era um genio. acho que ele devia ser devidamente exquecido para sempre.
Não concordo de modo algum com o comentário da Fátima , Einsten , Newton e outros gênios não foram bons alunos na escola e por isso temos que esquecê-los ? Isso é preconceito e hipocrisia , no que se refere à sua arte Cazuza foi um gênio ! E no que se refere à sua vida Cazuza foi sincero e corajoso , como muitos de nós não somos , fez o que todos fizeram , fazem ou um dia já quiseram fazer ( algumas das coisas , obviamente ) , quem nunca quis sair por aí sem ter que dar satisfações a ninguém ? qual adolescente nunca quis sair de casa e não ter hora pra voltar , não ter ladainha pra ouvir ? Quantos de nós já não usamos as drogas mais ridículas como o próprio álcool e cigarro e ficamos o caluniando por usar drogas mais fortes e assumir que usa , qual a diferença ? pela droga que ele usava ser ilegal ? o problema não deveria ser dele ? a punição quem sofreu não foi ele ? Então tirem essas máscaras hipócritas e olhem mais pra si antes de apontar os erros dele , a diferença entre nós e ele ? Além da nossa ausência de genialidade , criatividade ou derivados ? A diferença é a nossa falta de coragem , é a nossa vergonha exagerada , é o nosso pudor hipócrita , olhem para si antes de julgá-lo de novo , pra ele nunca importou o nosso julgamento , ser feliz bastava , SER bastava . O que você que tá lendo fez pra mudar o mundo hoje ? E o seu mundo ? A rotina e o tédio realmente são mais seguros , apontar os erros dos outros é mais cômodo , duvido que ele fizesse alguma coisa diferente se pudesse voltar atrás , duvido . E o especial foi magníficio *-*
A genialidade de CAZUZA é algo tão atemporal, que ainda hoje eu ainda amo ouvir as suas canções, cantadas por ele ou por outros cantores. Só fico imaginando qta falta ele faz com suas poesias e criticas corajosas. Sou uma gde fã dele, pessoalmente não me sinto habilitada p/julgar a ele ou quem quer que seja. Afinal tantas pessoas fazem coisas horríveis e tem gente que aplaude, ou simplesmente não se incomodam. Infelizmente as escolhas pessoais de Cazuza só prejudicaram a ele e as pessoas que o amavam e nós seus fãs que perdemos o poeta. HOJE ele poderia estar aí encantando a todos, como Ney Matogrosso, Frejat e tantos outros, que perca; que saudade!!!!
Eu amo ele demais ! O que ele fez foii libertar seus sentimentos e expor o que pensa… mostrou que ele tinha coragem e que só foii mais um dos que viviam uma liberdade (sem limites)depois de uma ditadura tão sofrida!Viveu amores, usou drogas, bebeu e o que ele apenas estava buscando era a felicidade… ele foii e sempre será o Cazuza tão amado e tão querido e apenas se tornou isso por que viveu sem pensar duas vezes antes de fazer, foi imprudente e sem noção e hoje é reconhecido como “o cara”! Sua vida foi louca e breve .. única! Ele foiii um dos poucos que teve coragem de realmente viver a vida!
Também achei o programa muito bom, mas os limites do corporativismo da TV deixam as coisas muito chatas: OK, colocaram o Ney mas continuam ignorando o Lobão — que curtiu muito a “vida louca” ao lado do Cazuza, inclusive na cheiração daqueles tempos, e o máximo que a Globo fez foi botar trecho da música numa das chamadas para o intervalo. Só porque o Lobão está na MTV, não devem nem tê-lo procurado. E, com essa bobeira, perderam certamente um depoimento franco importantíssimo na história…
Eu o amo demais! O que ele fez foii libertar seus sentimentos e expor o que pensa… Mostrou que ele tinha coragem e que só foii mais um dos que viviam uma liberdade (sem limites) depois de uma ditadura tão sofrida!Viveu amores, usou drogas, bebeu e o que ele apenas estava buscando era a felicidade… Ele foii e sempre será o Cazuza tão amado e tão querido e apenas se tornou isso por que viveu sem pensar duas vezes antes de fazer, foi imprudente e sem noção e hoje é reconhecido como “o cara”! Sua vida foi louca e breve.. Única! Ele foiii um dos poucos que teve coragem de realmente viver a vida!
Adorei o programa!